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Greve no IFSP: uma análise de conjuntura - O caso da visita da SETEC
08/09/2015 19:33Os servidores públicos federais da Educação estão em plena campanha salarial. Esse é o momento em que os servidores unem forças para negociar as reivindicações salariais e de condições de trabalho com os representantes do Governo Federal. Não é uma situação simples, pois envolve a medição de forças de cada lado: servidores e governo.
Durante uma campanha salarial, a greve é um instrumento de pressão dos trabalhadores e só deve ser usado quando estão esgotadas as fontes de negociação. No atual momento desta campanha, as quatro entidades que representam os servidores federais da educação (PROIFES, SINASEFE, ANDES e FASUBRA,) apoiam a greve.
O IFSP é hoje uma das maiores Instituições Federais de Educação, portanto a mobilização de seus trabalhadores tem grande relevância no cenário dessa campanha salarial.
No dia 12.8.2015, a Seção do SINASEFE de São Paulo aprovou a deliberação de greve no IFSP.
No dia 18.8.2015, o Colégio de Dirigentes do IFSP (que reúne Reitor, Pró-Reitores e Diretores) aprovou uma “Moção de Apoio a Greve”. Nesse documento, os dirigentes consideram “justas todas as reivindicações dos servidores federais”.
No dia 3.9.2015, ocorreu no Campus São Paulo, onde fica a Reitoria do IFSP, uma reunião com o Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (SETEC), ou seja, um dos principais representantes do Governo Federal para os Institutos Federais. Participaram da reunião o Reitor do IFSP, os pró-reitores e os diretores-gerais dos diversos campi (mais de 40 servidores). A reunião foi com as portas fechadas, e eu acho que os diretores dos campi avançados não puderam participar.
No mesmo momento da Reunião com o Secretário da SETEC, apenas a alguns metros dali, ocorria uma Assembleia do SINASEFE sobre a greve. A assembleia teve a presença de apenas 10 servidores. Nessa assembleia, foi aprovada a suspensão da greve no Campus São Paulo (o maior do IFSP). Por sinal, as atividades no Campus São Paulo estavam em total normalidade.
Voltando à reunião do secretário, de acordo com notícia do site do IFSP, ele abriu espaço para fala dos presentes. Era a oportunidade de o Colégio de Dirigentes mostrar a sua indignação, que foi expressa em sua “Moção de Apoio à Greve”.
Segundo notícia do site do IFSP, o secretário ouviu “questões sobre divulgação da marca IFSP e dificuldades advindas da rápida expansão, entre outros assuntos.”
Resumindo, os dirigentes - que gostam de agir como líderes sindicais - preferiram falar sobre marketing e, também, para não perder a oportunidade, devem ter criticado a “antiga gestão” para o secretário, pois ela foi a responsável pela "rápida expansão do IFSP".
Se, por um acaso, o Secretário veio ao IFSP, também, para saber como estava a greve e entender a relação de forças, melhor impressão ele não poderia ter!
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