Atividades dos Docentes do IFSP: evolução da quantidade de aulas

De acordo com pesquisa realizada pela Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco), ligada ao MEC (Ministério da Educação), a maioria dos campi dos Institutos Federais não faz pesquisa tecnológica e os poucos que realizam não levam em conta a realidade das regiões em que estão inseridos.

Entre as principais causas para essa baixa produção tecnológica, diz o estudo, estão a concentração da dedicação do tempo dos professores em atividades voltadas ao ensino - em detrimento da pesquisa e da extensão - e a restrição das pesquisas à existência de pós-graduação no campus.

Sobre a pesquisa da “Fundação Joaquim Nabuco”, eu acredito que a comunidade do IFSP precise discutir o que é “pesquisa tecnológica” e “desenvolvimento regional”. Sem esses conceitos claros, fica impossível de se fazer qualquer associação do resultado da pesquisa com as produções do IFSP.

Porém, para alguns, qualquer crítica deve ser respondida como base em uma análise da gestão interna do IFSP. Na verdade, a resposta padrão é: “antes era pior”. O problema é que esse tipo de reposta é produto de uma miopia em relação as transformações da “Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica”.

Basta uma análise rápida dos documentos sobre carga horária dos docentes do IFSP para entender que estamos em um processo de transformação institucional ligado a uma política pública federal. Eu entrei como professor no IFSP em 2006, de lá para cá, houve uma redução gradual na quantidade de aulas. Veja a tabela.

Ah, na minha época de estudante (1990), os professores da antiga Escola Técnica Federal davam – a absurda – quantidade de 40 aulas semanais! As mudanças significativas nas quantidades de aulas somente foram possíveis com a contratação substancial de professores.